RETORNANDO À CUZCO

     Depois de e dias no Vale Sagrado, retornamos à Cuzco. Cuzco é meio que uma cidade "base" para quem viaja ao Perú e deseja conhecer Machu Picchu.
     Como já mencionei em outro post, a primeira impressão que se tem da cidade não é lá muito legal. Existem duas Cuzo: a cidade para os turistas e a Cuzco para os peruanos. A organizada para os gringos é bonita e limpa. Já a cidade "real" ... não é, digamos, tão interessante.






     Dois dias em Cuzco são suficientes. Não se vai muito além da Plaza de Armas, da Plaza San Blás e do entorno da Av. El Sol. Uma das coisas mais interessantes para ver são os sítios arqueológicos próximos da cidade, mas não fomos. Óóóóóh ... tá, eu sei. "Como que tu não fostes?". É que depois de ver Pisaq, Ollantaytambo e Machu Picchu, principalmente este último, qualquer outra coisa perde a magia. Além disso, depois de 1 semana na altitude, caminhando pra caramba, subindo e descendo morro, a idade - e o sedentarismo - começa a pesar.
     Dedicamos o dia a sair meio sem rumo, observar a cidade, descansar um pouco do "ter que fazer", do "ter horário".
     Começamos o dia em uma livraria. Desde que saí do Brasil eu estava com uma ânsia por visitar uma livraria. Aqui não se encontram muitos títulos específicos sobre a história dos Incas e pensei que no Perú, além de haver mais opções, os preços seriam mais convidativos. Dito e feito: saí com dois exemplares sobre a arqueologia em Machu Picchu, um exemplar magnífico das narrativas do Inca Garcilaso de la Vega (um clássico com preço de pocket!) e um livro para aprender Quechua. Sempre que eu viajo para algum lugar, trato de aprender algumas palavras da língua local, acho bacana, demonstra respeito. Desta vez me senti uma idiota por não saber nada de Quechua. Na próxima vez, voltarei tinindo no idioma antigo e tão falado em muitos países da América Latina.
     Seguimos para o Mercado de San Pedro. Não tem como viajar com Doc. Volnei sem ir à algum Mercado Público. O Mercado de San Pedro é super movimentado durante todo o dia. Perto do meio dia o negócio aperta mais, pois há muitas barraquinhas que servem almoço. Desculpe, mas como eu tenho muitas restrições alimentares, sou muito fresca mesmo, eu não quis ver o que eles comiam. É um ótimo lugar para comprar tecidos baratos (as mulheres ficam costurando ali dentro o dia inteiro), ervas (legalizadas, naturalmente) para chás e temperos e algumas lembrancinhas. Eu não aconselharia comprar comida ali, tipo frutas ou coisas assim, achei o lugar muito sujo e desorganizado.


     Esperando o Doc. Volnei explorar o lugar e a Dona Miriam saciar seus impulsos de consumo (se bem que eu não posso falar muito), saí dali e comprei um jornal local. Se estivesse escrito em português, passaria fácil por um diário brasileiro, dada a temática das notícias. É amigo, é a sina da América Latina ... 
     Depois do almoço, fomos até o Museu Inka (http://museoinka.unsaac.edu.pe/). Vale muito uma visita. A coleção é muito bem montada, com peças bem conservadas do período pré-incaico até o massacre espanhol. 
     Passeamos um pouco, fizemos umas comprinhas, "reativamos as forças" no Choco Museo (hmmm - http://www.chocomuseo.com/) e voltamos para o hotel para organizar nossas malas. Nos despedindo de Cuzco e do Vale Sagrado, passamos pela Pedra dos 12 ângulos (uou!) e aproveitamos a última noite para andar pelas ruas estreitas de San Blás, que fica muito bonita com a pouca iluminação dos postes antigos.

 


NOTES AND TIPS

- ONDE FICAR: o ideal é entre a Plaza de Armas e a Plaza San Blás. Para as duas últimas noites em Cuzco, escolhemos o Hotel Inkarri. Absolutamente perfeito. Ótima localização e bom serviço (fora o wifi que não era tão bom assim). O quarto familiar era do tamanho de um apartamento, super completo. Recomendo: http://www.inkarrihostal.com/.



- COMPRAS NO PERÚ: lã. Essa é a palavra. Muito tecido e muita lã. Tem muita roupa para frio, calçados estilizados, peças em cerâmica, peças em madeira, instrumentos musicais, ...é preciso tomar cuidado porque absolutamente tudo que eles oferecem é seguido de uma frase como "Hecho a mano" ou "Lana de alpaca". A grande maioria das coisas vendidas por lá não é nem uma coisa, nem outra.
     Em Cuzco as roupas e acessórios para esportes de aventura estão por todos os lados. A grande maioria (90%) é falsificação de marcas como Columbia e The North Face. Os preços são convidativos, mas não tem nada da qualidade das marcas citadas.
     Para quem for a Pisaq, sugiro deixar as compras para a feira. Se não for, pode comprar em Cuzco mesmo. Quanto mais longe da Plaza de Armas, melhor. O Mercado de San Blás é uma boa opção, embora não haja tanta variedade. Nada de comprar lembrancinhas em Lima, onde ficam mais caras.
     A grande dica é ter paciência e pechinchar muito. O preço que eles dizem nunca deve ser o preço final a ser pago.
     Em Cuzco, na Calle Garcilaso, há duas lojas com produtos originais de marcas de montanhismo, camping e trekking. Na Calle Santa Teresa 375, fica a Puna (www.punatienda.com), uma loja muito bacana que mistura arte e design. Na Calle Plateros 334, fica a Pedazo de Arte (www.pedazodearte.com), uma das poucas lojas ajeitadas da cidade, uma que não se parece com camelô e onde se pode comprar umas lembrancinhas mais bonitas. Para comprar coisinhas e cacarecos, sugiro as lojinhas na estreita Calle Procuradores.