UM GUIA PARA VIAJAR À RÚSSIA - Parte I - O básico

      Viajar para a Rússia não é diferente de viajar para outro país europeu. Ou seja, não tem mistério.
     Ainda não é destino comum dos brasileiros e até dos europeus, mas com a história da Copa do Mundo se aproximando, o cenário vai mudar bastante. 
    Embora a língua russa possa parecer um empecilho, não há com o que se preocupar. É bem verdade que a maioria das placas e sinalizações só são escritas com os caracteres cirílicos, e que a galera não fala muito outra língua que não o russo, mas tudo faz parte e a viagem é bem tranquila.
     A Rússia é gigantesca e há muito para se explorar. Não consigo encontrar nem uma razão para não  visitar a Mother Russia, pelo contrário, o país é cheio de belezas e excentricidades bacanas prontas para serem destrinchadas.
    Para saber um pouco mais da minha percepção sobre a Rússia, fiz um post aqui.

A IMIGRAÇÃO NA RÚSSIA


     Desde 2010, brasileiros que viajam para a Rússia à turismo não precisam de visto para entrada. Basta ter em mãos um passaporte com validade maior do que 6 meses. Para evitar problemas com desavisados, convém ter em mãos uma cópia do acordo, que pode ser obtida aqui e aqui
     Quando chega na Rússia, a pessoa recebe um Cartão Migratório, que será preenchido com seus dados. Não perca este cartão em hipótese alguma e deixe-o sempre junto consigo, dentro do passaporte. Este cartão deverá ser apresentado na saída do país.  Vale observar que a qualquer momento, em qualquer lugar, autoridades russas podem interceptá-lo e pedir seu passaporte e o cartão para averiguação. Vimos isso acontecer numa estação de metrô, com um pessoal que parecia ser indiano.
     Caso a pessoa permaneça em território russo por mais que 7 dias úteis, é necessário fazer o Registro Migratório, caso contrário, não há necessidade. Quem se responsabiliza por fazer esse registro é o pessoal do hotel ou hostel, ou então o anfitrião russo, caso alugue um apartamento ou fique na casa de amigos.
     Seja qual for o método de entrada no país, você passará por uma fiscalização rigorosa. Nos trens, por exemplo, assim que se adentra o território russo, há uma parada para que policiais russos subam à bordo e façam os devidos trâmites de imigração, além de fiscalizarem bagagens etc. E isso vai se repetir na chegada à estação. Desde o ataque ao aeroporto de Domodedovo, em 2011, os russos redobraram as chatices burocráticas e a fiscalização em aeroportos e estações de trem.
     Se a chegada for de avião, os brasileiros podem se dirigir para as filas de imigração destinadas aos "Citizens of allied state of Russia and Belarus".
     Para maiores informações, confira o site da Embaixada do Brasil em Moscou e leia algumas dicas aqui.

CHEGANDO NA RÚSSIA

BY PLAIN

     Não há vôos diretos do Brasil, óbvio. Consulte aqui as cias aereas que voam até Moscou (Domodedovo) e aqui as cias aereas que voam até São Petersburgo.
     Com alguma frequência a companhia aerea S7, Siberian Airlines, oferece uma promoção de vôos entre São Paulo e Moscou. O primeiro trecho é feito pela Iberia, com conexão em Madrid, e o segundo trecho é feito com a própria companhia espanhola ou então com a S7. Vale conferir.
     Quando fomos, conseguimos uma promoção da Lufthansa, partindo do Galeão, para Moscou. O valor da passagem ida e volta, com conexão em Frankfurt, ficava mais em conta - pasmem - do que um vôo Rio-Frankfurt-Rio. Não entendi. Mas tá valendo.

BY BOAT

      É possível chegar à Rússia de navio, via São Petersburgo ou Vladivostok.
    A empresa que faz a vez de ferry em São Petersburgo, com rotas mais frequentes, é a St. Peter Line. Em Vladivostok é a DBS
   Outras empresas incluem São Petersburgo em seus roteiros de cruzeiro: Aida, MSC, Princess, Celebrity e a Norwegian.
     

BY TRAIN

   Há conexões de trem internacionais entre Moscou/São Petersburgo e algumas cidades, especialmente de países vizinhos: Eslovênia, Estônia, Eslováquia, Bulgária, China, Croácia, Finlândia, Sérvia, Polônia, Mongólia, Montenegro, Coreia do Norte, Hungria, República Tcheca, Alemanha e França. 
     Não esquecendo também a famosa rota Transiberiana, que está no toplist de planos de viagem. Alguns blogs que indicarei no final do post falam sobre esta rota, como o Viajar e Pensar, do Gustavo Belli.
     As passagens de trem podem ser compradas online, no site da Russian Railways, como explico no post Parte II

MOEDA

     A moeda na Rússia é o Rublo (RUB - ру - рубль - рублей). Não adianta, muito dificilmente serão aceitos euros ou dólares.
     Em papel moeda existem os seguintes valores: 50 - 100 - 500 - 1.000 - 5.000. Também existem as notas de 5 e de 10, mas são mais incomuns.
     As moedinhas tem os seguintes valores: 50 kopeeks (centavos) - 1 - 2 - 5 e 10.
     Tome muito cuidado ao trocar as moedas. Vale muito a pena trocar reais por euros aqui no Brasil, e daí trocar esses euros por rublos na Rússia, mesmo que haja perda na conversão. Primeiro porque é mais difícil encontrar lugares que troquem os reais, e depois porque o euro tem um valor bacana por lá, melhor do que aqui (fazendo as conversões).
     Troque o mínimo no aeroporto, o restante troque em uma casa bancária na cidade.
     Preste atenção para só aceitar notas novas e não rasuradas. Embora conosco não tenha acontecido, li que a circulação de notas falsas é comum, especialmente as notas de 5.000.
     Existem mil lugares para trocar, mas vá a um banco. É super simples. Verifique se há alguma taxa para fazer a transação. Nos lugares em que as cotações para compra e venda são muito próximas, ou então que há uma supervalorização do euro na cotação, normalmente há taxas na transação.
     Para saber a quantas andam as cotações do dia, ou então onde encontrar a melhor cotação, acesse: http://www.rfrate.com/ e http://quote.rbc.ru/shares/
   

LÍNGUA

     Prepare-se para a mímica e aprenda um pouco do alfabeto cirílico, ao menos para compreender o que significa вода. São pouquíssimas as pessoas que falam inglês na Rússia. São Petersburgo é uma exceção, mas de praxe a comunicação só é viável por meio de gestos ou imagens.
     À primeira vista parece tudo muito complicado, mas quando se entende um mínimo do cirílico é possível até mesmo achar sonoridades de palavras parecidas com as da língua inglesa ou de línguas latinas. Não é um bicho de 7 cabeças e é bem divertido até.
     Convém levar algumas palavras ou expressões anotadas em uma cadernetinha ou algo assim, pra que na hora do aperto se possa mostrar o que se quer dizer. Eu também gosto muito dos mini guias pocket, aqueles para levar na bolsa e ler nas horinhas de espera em aeroporto. Para o russo, indico um da PubliFolha que se encontra a preços módicos por aí.


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SOBRE OS TRENS NA RÚSSIA

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