Um retorno à Amsterdam I


     E as férias andavam meio xoxas, sem grandes novidades ... até que o Tiago me disse: e aí, vamos viajar? Bom, eu tinha umas milhas e pensei: por que não? A segunda trip à Amsterdam nasceu meio que por acaso. Decidimos viajar e no mesmo dia emitimos as passagens para onde as milhas nos levariam. E aí veio Amsterdam. Na semana seguinte, embarcamos.
     Como eu já conhecia Amsterdam, já tinha visitado os museus mais legais e estado nos "pontos mais turísticos", e como o Tiago não é muito ligado neste tipo de viagem, organizamos rapidamente um "roteiro meio sem roteiro", ou seja, tudo meio low travel, passear, tomar bons cafés, sentar nas praças, viver o lugar. 
     Quando chegamos na cidade, no início da tarde, fazia um frio danado! Foi só colocar os pés para fora da Estação Central para começar a nevar de leve. Mas mesmo a neve fraquinha, ficamos logo encharcados. Mas tudo bem, tava valendo. O problema é que eu não lembrava mais como era o frio europeu, e sair de uns 35 graus para encarar 2 graus, não é mole!
     Desta vez resolvemos deixar os hotéis de lado (os preços estavam absurdamente caros!) e alugamos um apartamento bem atrás da Praça Dam, super central. Nos acomodamos e seguimos para um supermercado da rede Albert Heijn, que ficava próximo ao ape. Esta é a dica infalível: comprar nos super! Encontramos frutas e bebidas bem em conta, mas o melhor são as refeições prontas (frescas, não congeladas) por preços super acessíveis. Tipo um penne ao pesto com salada caprese que comprei por €3!
     À noite, uma caminhadinha de "reconhecimento" pelo Red Light District e um vinho no apartamento. Tá bom para o primeiro dia.

     No segundo dia acordamos bem cedinho (cedo demais!) e pudemos observar como a "neve" da noite tinha transformado um pouquinho as pontes e os canais.
      Começamos pela Praça Dam, onde está o Palácio Real de Amsterdam, o Museu Madame Tussauds (ainda não descobri qual é a graça) e a Nieuwe Kerk (que não é só uma Igreja, mas um centro de exposições e de concertos). A praça é meio que um ponto central e por ali passam um grande número de trams que te levam a várias partes da cidade.


      Como era cedo, aproveitamos para percorrer a rua Nieuwendijk, que é cheia de lojas e em poucas horas estaria lotadíssima. 
    Caminhamos pelo criativo bairro Jordaan e fomos até a Westerkerk. Uma pena ela não estar aberta ... (eu disse que era cedo demais). É nesta igreja construída no século XVII que estão os restos mortais de Rembrandt.
     Mais adiante encontramos a Casa de Anne Frank. Como eu já havia visitado e havia uma fila enorme, optamos por não entrar e seguir caminho ao longo do Canal Herengracht, que é um dos mais legais, por apresentar belas construções no seu entorno.
     Demos uma passadinha no Bloemenmarkt (segunda vez ali e pela segunda vez não acho nada interessante), passamos pela Thorbeckeplein e fizemos uma parada na Rembradtplein. Gente, que frio fazia! Pausa para o café.



     Como já era de tarde, a fome estava pegando, optamos por comer alguma coisa no entorno da Rua Zeedijk, que é conhecido como pequeno Chinatown de Amsterdam. E todo mundo sabe que comida asiática na Europa é o que há de mais barato. Na verdade comer em restaurantes de imigrantes sempre sai mais em conta por lá. 
     Para irmos até lá, optamos por seguir pela rua Oudezijds Achterburgwa, onde se encontram o peculiar Hash Marijuana & Hemp Museum, a famosa loja Sensi Seeds e o Cannabis College


     No início da rua Zeedijk está a praça Nieuwmarkt (onde rolam feirinhas em dias determinados) e o Waag. O prédio do Waag é lindo e antiquíssimo, datando do século XV. Originalmente era um dos portões da cidade (que era murada), mas ao longo do tempo teve as mais diferentes funções. Hoje abriga a sede da Organização Waag (dedicada à arte e à pesquisa) e ali também há um restaurante super fofo.


     Quase mortos de fome, o Tiago já podia matar um boi (argh!), e bem por isso ao olhar uma promo em um "restaurante argentino" na rua Zeedijk, não resistiu. Lá fui eu tendo que ceder aos meus princípios vegetarianos para entrar no dito cujo. Por sorte a dele (e minha mais ainda), o restaurante oferecia umas comidinhas vegetas e aí não passei fome. Mas não dá, promoção para comer em Amsterdam significa ter que desembolsar pelo menos uns €15 ou €20 por cabeça. Nos demos ao luxo dessa "extravagância" porque o guri tava atentado louco atrás da carne (ô mania!) e depois voltamos aos menus econômicos de supermercados e fastfoods.


     Resolvemos voltar para o ape e dar uma descansada, pois ainda tinha a noite para curtir.
    À noite ficamos no entorno do Red Light District. As ruas mais legais (com mais pubs e bares) estão dentro do quadrilátero: Warmoesstraat (oeste) - Korte Niezel (norte) - Kloveniersburgwal (leste) e Oude Hoogstraat (sul). 


     A noite de Amsterdam tem de tudo, pra todos os gostos. Mas vou deixar os comentários para outro post. Tem que ficar atento porque a maioria dos lugares fecha cedo, tipo 1h. Nesta noite descobrimos o The Pint, que de todos os bares que fomos em Amsterdam (e não foram poucos), foi o que mais gostamos. Ótima música (para quem curte rock e blues), ótimo atendimento, ambiente bacana, super simples. E o melhor: só fecha pelas 4h!