Montemartre



Encontrei o charme francês em Montemartre. Um arrondissement perfeito. Reduto de artistas de rua, de pequenas casas, de antigos cafés e portador de tudo que Parias tem de melhor. Montemartre me mostrou a Paris dos filmes e das fotos.”
                Agora sim. Estive em Paris. De verdade.
                Visitei uma exposição sobre Dali. Muito interessante. Além de iconografias do próprio, haviam esculturas produzidas por outros artistas, mas que partiram das idéias concebidas por Dali. Perfeito. Dali e seu bigode .... muito louco. Em uma parte da exposição havia um grande painel com trechos de entrevistas dele.  “--- O que é surrealismo? ----- O surrealismo sou eu!”. Maravilhoso.
                Pena que choveu praticamente o dia inteiro, então havia muita neblina. Não tirei muitas fotos.
                Continuando a jornada, um passeio pelo bairro: pequenas ruelas, grandes avenidas, Moulin Rouge ...
                Eram 16h quando partimos para o Cemetèrie Du Pere Lachaise (eu e minha amiga australiana). Chegando lá: uou. Enorme. Antigo. Bom, vimos algumas tumbas interessantes, mas não sabíamos que o cemitério fechava às 17h. Foi quando um guarda do lugas veio em alta velocidade em sua Vespa. Parou na nossa frente bruscamente, impedindo a passagem: “Go away! Go away! We are closing”. Aos berros, com uma cara total de serial killer e um inglês chulo ele fazia sinais com as mãos. Muito doido. Primeiro deu medo, mas depois quase morri rindo só de lembrar. Enfim, pelo menos consegui ver a última “casa” do Jim Morrisson, Chopin, Comte ... pena que não consegui ver as outras.
                Então foi a vez da região de Bastille: a ópera Bastille, as Maison Victor Hugo,Place dês Vosges e o monumento à Bastilha.
                Cheguei muito tarde e cansada no hostel. Mas resolvi curtir um pouco a noite de Paris. Fomos para o Quartier Latin para tentar encontrar algum café, ou coisa assim. Paramos em um perto da Notre Dame. Muito legal. Uma taça de vinho depois, me encorajei: ok, Le escargot! Putz, e não é que o bichinho é bom? Se não custasse o olho da cara – quase os dois olhos(€ 8,00 por 6 unidades) – eu teria pedido mais. Acho que era o molho.
                Ok. Hoje é o dia da despedida da Cidade Luz (realmente faz jus ao apelido). Hoje é dia de dizer um oi para Amsterdam.

NOTAS (A propósito...):
- comprei uma luva muito ninja em uma liquidação da Decathlon ... frio não mais.
- o Cemetèrie Du Pere Lachaise era muito Stephen King...meia luz, frio, nublado, e com uma trilha sonora constante: o som de corvos que sobrevoavam o lugar. Very nice.
- nem todas as estações de metrô são horríveis. Tem uma que se salva, e muito: Louvre-Rivoli.
- o chuveiro do hostel émuito ruim. No primeiro dia achei que estava estragado. No segundo, fui em outro andar pra tomar banho. Mesma coisa. Tem um botão e tu tem que ficar apertando o tempo todo pra água sair. Ou seja, com uma mão tu te lava,com a outra aperta pra sair a água. Wird. Acho que os franceses não gostam muito de banho não ... é uma dificuldade ...
- os mendigos aqui usam sacos de dormir.


IVAN "BOIÃO": Tem muita gente bonita por aqui ... dá pra ver direitinho quem é francês e quem não é. Os franceses são extremamente charmosos ... muito bem vestidos. Até os mendigos tem boas roupas. Acredite se quiser.

: não consegui ver o túmulo do Wilde, nem do Proust, nem da Edith Piaff, nem de ummonte de gente ... maldito guardinha!

TIAGO: saudades ...

FAMILY: algum pedido especial de presentes?