Amsterdam II




O segundo dia em Amsterdam
                Amsterdam pela manhã é ótima. Poucas pessoas nas ruas e principalmente (e faz uma baita diferença) poucos ciclistas. Mas eu não estou falando de algo ceeeeeedo, estou falando de 10h da manhã. Tudo aqui começa mais tarde e termina mais tarde.

                Primeira parada: Rembrandt Huis. A casa onde Rembrandt morou. Muito legal o lugar. Foi muito interessante entender o processo de criação das obras, desde a “fabricação” das tintas (que o próprio Rembrandt fazia) até o destino final das peças. Vale muito a pena.


                Seguindo o meu mapa tosco, resolvi conhecer o Bloemengracht, o famoso mercado das flores. Bah, não sei se é o fato de ser inverno, mas não achei o lugar muito interessante. É legal para quem gosta de plantar ou coisas do tipo (é cheio de sementes e mudas), mas fora isso, não vale a pena.
                Resolvi caminhar e caminhar, denovo. Melhor forma de conhecer um lugar. Passei pela fachada de um museu e resolvi entrar. Eu teria acesso gratuito com o pass. Ok, vamos. Tratava-se do Museu Willet-Holthuysen. Na verdade é uma casa de uma família tradicional aqui da Holanda. Construída no século XIX hoje abriga várias peças da época, reconstruindo o cotidiano das famílias abastadas que se instalaram ao longo dos canais centrais da cidade. Enfim, legal o lugar. Não pelo museu, porque não tem muita coisa lá, mas deu pra imaginar como era a vida nas casas à beira dos canais no século passado. Deu uma vontade de morar em uma dessas.


                Passei pela Praça Leisenplein, um lugar cheio de restaurantes, cafés, teatros, casas de shows. A boemia de Amsterdam anda por lá. A boemia, não os “muito loucos”.
                Então cheguei no Albert Cuyp Markt, uma das feirinhas de Amsterdam. O legal da feira foi ver as bancas de comida. Nossa, as barraquinhas de frutos do mar eram muito diferentes. Com carangueijos gigantes, uns peixes e lagostins muito estranhos. Acho que meu primo Isma é que iria gostar, pelo menos iria entender, porque eu não conhecia quase nada que tinha lá. Hmmmm, me entupi de queijo. Muito queijo.
                Queria ter ido visitar o museu Van Loon, mas eles fecham nas terças-feiras, tive que deixar para uma próxima.
Para finalizar, fui até a Museumplein, a praça dos museus. Resolvi conhecer somente o museu Van Gogh. Apesar de eu não ser uma grande fã de Van Gogh, adorei o museu. A coleção permanente está muito bem montada e o lugar é ótimo.

NOTAS (A propósito...):

- Impressões de Amsterdam: Bom, hoje eu pude ver uma Amsterdam mais tranqüila, áreas residenciais, parques.
É uma cidade relativamente pequena, tem água por todo lado e muitas, muitas bicicletas. Não pra saber o que é calçada, o que é rua e o que é ciclovia. É tudo misturado. Quer dizer, tem uma lógica, tem sinaleiras e organização pra todo mundo. Mas é fácil esquecer disso. Acho que quase fui atropelada por ciclistas umas três vezes.  O transporte público se dá basicamente através dos bondes elétricos, os trams. Eles passam toda hora, são bonitos, modernos e caros ( 2,60, e o ticket vale 1h).
Embora não seja uma cidade grande em extensão (ouvi falar que tem 10km), é bem dividida. Tem a região do comércio e bancos, a área residencial  e o Red Light District, bem no centro. Então, não é só aquela loucura que se ouve falar.Tem de tudo, e aí tu vai encontrar o que vier buscar.
O meu hostel fica no Red Light District. É a região em que a maioria dos turistas fica. Quer dizer, acho que depende do turista. É aqui que tudo o que falam sobre Amsterdam acontece. Sim, as mulheres ficam nas vitrines. De manhã elas já estão lá. É muito estranho, tu vê as pessoas na calçada, senhoras, crianças e olha para o lado e tem uma mulher, colada no vidro. Na calçada. Simples assim. Elas ficam em uma espécie de cabine,de biquíni ou langerie. Nesta região tem de tudo. De um lado um mercado e um hostel. Do outro, um restaurante e as mulheres das vitrines. Tudo misturado. E sim, tem um monte de coffeeshops aqui. Não sei como funcionam, juro, não entrei. Mas sei que eles estão por todo lugar, dá pra sentir pelo cheiro :)

- Audioguides: Todos os museus que eu fui desde que cheguei ofereciam um Audioguide, alguns cobravam pelo uso, outros não.O Audioguide é como se fosse, sei lá, um telefone. Funciona assim: cada lugar que tu vai no museu tem um número, que fica bem exposto na entrada do salão, da sala ou obra. Tu disca esse número no audioguide, aperta play e é isso. E ainda ouve a explicação na língua que escolher.
- Misofonia: Alguém já prestou atenção nos europeus comendo? Sério, nenhum, sem exceção, se salva. No café da manhã nos hostels dá pra saber direitinho quem é europeu e quem não é. Nossa senhora, que coisa mais horrível. Ninguém disse pra eles mastigar de boca fechada? Sério, estou dizendo isso porque são TODOS, muito irritante, quase perco a fome. A arrogância européia termina na mesa, na hora em que dão a primeira garfada. Desculpa, é que acho que tenho Misofonia :/
- Pimentaaa: hoje fui experimentar uma comida árabe, ou indiana, não sei. Achei que minha boca ia sangrar com tanta pimenta! Sério. Depois fui comer em um asiático. Aí dei sorte. Ótimo.
- Bikes: quero ver se amanhã eu alugo uma bike. Que aventura. Acho que nem sei mais andar de bicicleta. Espero não atropelar ninguém ou coisa parecida.