Todos os caminhos levam a ...

Roma!





       No meu primeiro dia em Roma, fiz o passeio com o grupo da escola ... caminha muito, observa pouco e analisa nada. Fizemos passagens breves por muitíssimos pontos: trocentas igrejas, Coliseu, Piazza Navona, Pantheon, Templo de Adriano, Castelo Sant´Angelo, Fontana di Trevi, Vaticano ...
       Meu segundo dia em Roma foi muito mais proveitoso. Consegui "entrar no clima" e sentir tudo o que a cidade podia me oferecer. A idéia era ver Roma, ver os romanos e depois voltar para a "cidade antiga".
Roma é pequena. Na estação de trem encontrei o Marco e Thaís, que iriam comigo à Praga no dia seguinte. Então fizemos os passeios juntos. Começando por uma igreja,que não lembro o nome. Ok, não aguento mais igrejas. Mas pelas mil maravilhas descritas pelo casal, entrei. Muito interessante o lugar. Uma igreja que combina religião, arte e ciência. No mínimo, curioso. Concerto de órgão, exposição sobre Galileu ... beleza pura.
       Seguindo nosso amigo infalível - o mapa - passamos pela Piazza Espagna e Piazza del Popolo. Que experiência! Caímos de paraquedas em uma grande manifestação das mulheres italianas. A praça estava cheia delas (e de seus maridos, filhos, filhas, amigos,...), e não parava de chegar gente. Depois eu vi na tv que lá estavam mais de 150.000 pessoas. Uma manifestação linda, organizada, musical. Parece que aconteceu ao mesmo tempo em outras cidades italianas também. Não entendi muito bem qual era a premissa, mas achei lindo mesmo assim.
       Seguindo ... a cidade antiga. Muito,muito emocionante. Não tem como não chorar. Não sei porque, mas chorei. Minha nossa, nunca pensei que fosse conhecer tudo aquilo. Ver de perto tanta história. A história é palpável! Fiquei horas circulando no entorno das ruínas, imaginando, imaginando ...


NOTAS (A propósito ...):


- o Vaticano não me impressionou nem um pouco. Esperava mais.
- Não pude fazer duas coisas em Roma: entrar na Capela Sistina e no Coliseu. No primeiro não deu porque fecha no domingo, no segundo porque a fila era quilométrica e eu não tinha tempo. Agora tenho uma ótima desculpa para voltar à Roma ...
- Excursão em grupo é perda de tempo, só pude confirmar isso. Como diz o Felipe: turista CVC. Ah, não dá. Muita gente, o guia que que dar uma de pseudo-historiador ... no cerne do meu egoísmo eu não consigo trabalhar em grupo, não dá.
- Sábado à noite fui à uma famosa praça em Roma, Piazza Campo dei Fiori. Muitos restaurantes, gente animada. Ok. Eu e minha companheira de Roma, a Lis, pedimos nossos pratos, tomamos nosso vinho e batemos nosso papo. Lá pelas tantas o garçom vem e - não tão educadamente - nos pede que pague a conta pois o caixa estaria fechando. Achamos muito estranho, pois não parava de chegar gente no restaurante. Aí nos demos por conta: os restaurantes da praça se "transformam" em bares a partir de certa hora ... os cardápios de comidas são retirados da frente do estabelecimento e são substitúidos por cardápios de drinks e bebidas. Muito interessante. Até o público muda. É como se a praça toda tirasse um casaco pesado de pele, colocasse uma blusinha com brilho e fosse pra festa ...
- vi muita pobreza em Roma. Muita sujeira, falta de organização (especialmente no transporte) e de preservação de prédios antigos.
- na primeira noite em Roma fiquei em um hostel com a Lis, minha colega na escola de línguas. Sofremos né Lis? Que horror ... indescritivelmente péssimo. Sorte que na segunda noite mudei para o hotel do Marco e da Thaís ... salvação ...