EL VALLE SAGRADO DE LOS INCAS - Chincheros, Maras, Moray

     No segundo dia de passeios pelo Vale Sagrado, começamos por Chincheros. O pequeno vilarejo é conhecido por suas várias associações de artesãs que trabalham com lã. Fomos até uma dessas associações para ver como as mulheres peruanas tecem, conhecer o processo desde a tosquilha até a peça pronta. Realmente é um trabalho primoroso, mas o preço das peças também é. 


     
     Caminhamos um pouco pelo lugar até chegar em uma espécie de Forte espanhol, que remonta ao período da colonização. Sob uma antiga cidade inca, os espanhóis ergueram uma igreja e outras fortificações. A Igreja trabalhada em ouro e prata, toda pintada. Ouro e prata incas, provenientes de saques e pilhagens realizados pelos europeus, metais marcados com sangue dos nativos.



    
     Dali, seguimos por estradas secundárias, estradas de chão, onde nos aproximar um pouco mais da vida campesina e ver grandes plantações de flores de todas as cores. Aí está mais uma razão para se fazer um tour privado.

    
     Chegamos em Moray e foi bem surpreendente. Aliás, o Vale Sagrado surpreende a cada curva. Pela primeira vez as ruínas não estavam no topo de montanhas ou em encostas, e sim, em um grande vale. As ruínas de Maras são constituídas por grandes terraços construídos em forma circular. São quatro grandes sítios, mas somente 1 deles está em bom estado de conservação. Pelos estudos feitos no local, a função destas terraças era servir como uma espécie de laboratório, onde os nativos cultivariam diversas espécies de plantas, em diferentes alturas e criariam técnicas para tornar a produção mais eficiente. Os Incas eram ninjas. 


     Para finalizar, fomos até as Salinas de Maras (entrada S./ 8). O complexo das salinas é gigantesco! É assustador olhá-las de cima. Há muitos séculos a população local extrai sal neste lugar. A água extremamente salgada nasce de algum ponto desconhecido e corre através de canais articifiais até cada um dos mais de 2.000 tanques. Cada tanque tem em média 3 ou 4 metros quadrados e em torno de 30cm de profundidade. Ali a água evapora e é possível coletar o sal. Cada família local é responsável por um conjunto de tanques. Além de refinar o sal, o pessoal ainda faz sais de banho, sal com especiarias e temperos, flor de sal e até esculturas de sal.


     
     Voltamos para Ollanta no meio da tarde. O Felipe resolveu fazer um trekking até as Colcas Incas, na montanha. Eu fui dar uma caminhada pelo vilarejo e observar a vida local.






     Ás 19h fomos para a estação de trem de Ollanta, para pegarmos o trem até Águas Calientes, ou então, Machu Picchu Pueblo.