MOSCOU III: Praça Vermelha e Kremlin

Kremlin

DIA 3

     O terceiro dia em Moscou seria dedicado à Praça Vermelha (que já havíamos visitado à noite) e ao Kremlin.
     A primeira coisa que queríamos fazer era ir até o Mausoléu de Lênin, que fica na Red Square. O horário de funcionamento é bem restrito, portanto, ou iríamos naquele dia, ou não conseguiríamos mais. Chegamos na Praça Vermelha 30 minutos antes da abertura do Mausoléu e a fila já era enorme. No verão europeu, tudo é fila, paciência. Depois de esperarmos por 1 hora, finalmente conseguimos entrar. A visita é super rápida e coordenada: uma voltinha silenciosa ao redor do caixão (devidamente acondicionado, obviamente), sem paradas e sem fotos.


     Então fomos percorrer calmamente a Praça Vermelha, de ponta a ponta. Até tínhamos vontade de entrar nos museus ou na Catedral de São Basílio, mas fazia calor, tinha muito sol e as pessoas pareciam como formiguinhas na rua.





     Almoçamos num restaurante acessível atrás do Kremlin, o Sbarro. Tem um bom custo/benefício, ao contrário da maioria dos restaurantes na capital russa.
     Dali iríamos visitar o Kremlin, mas para isso, tínhamos que comprar os tickets de entrada. Eu já havia lido um dica de que o certo seria comprar os bilhetes online, para evitar as filas, mas ignorei o aviso pensando que seria melhor comprar na hora (vai que rolasse um imprevisto e que tivéssemos que mudar os planos?). Bom, bugou. O negócio é que as filas estavam gigantescas e ninguém se entendia, as filas não andavam. Quando finalmente chegou a nossa vez de comprar, eu fiquei em dúvida, não sabia direito qual tipo de bilhete comprar (há várias opções, que explico melhor no Guia de Moscou), a atendente não falava nada de inglês ... enfim ... comprei o bilhete simples para mim e meu irmão e o bilhete que dá acesso às catedrais para D. Miriam e Doc. Volnei.
     O Kremlin é como se fosse uma fortaleza (é esse o significado da palavra) e não existe somente o de Moscou. Aliás, somente na capital existem dois Kremlins. O que visitamos neste dia fora fundado há muitos séculos e tinha por objetivo inicial o mesmo que tem hoje: servir de base do governo. Atualmente encontramos dentro do Kremlin muitas igrejas ortodoxas (construções que datam dos séculos XV e XVI) e palácios governamentais, como a sede do Congresso e do governo russo. Vale destacar que nenhum parlamentar - ou V. Putin - moram dentro do Kremlin, apenas despacham ou se reúnem por ali. Sem dúvidas o prédio mais interessante é o que abriga o Arsenal, que conta com a exposição de milhares de peças e objetos pessoais pertencentes à família imperial russa.







     Enfim, visitar o Kremlin é, obviamente interessante e é um passeio obrigatório em Moscou. Lógico que saber que se está no centro político de uma das nações mais influentes da geopolítica mundial é algo que mexe com as ideias, mas ao mesmo tempo não há nada lá de tão esplêndido.
     Tinha lido que para visitar o Kremlin seria necessário reservar um dia inteiro, ou no mínimo uma tarde inteira, mas poucas horas são suficientes. Sendo assim, tínhamos tempo até a noite cair. Como não havia nada no roteiro daquele dia além do Kremlin, nos permitimos a futilidade e fomos até o shopping European, aquele pelo qual tínhamos passado no dia anterior. Bom, rendeu algumas boas pechinchas. 

NOTAS (À PROPÓSITO)

- Visitando Lênin: Em 2014 completam-se 90 anos da morte do líder comunista e também, da exibição de seu corpo embalsamado. Foi muito louco "visitar o Lênin". De repente ele estava ali, como se estivesse dormindo, saindo dos livros de História e das discussões de bar para ir parar na minha frente. Não sei dizer o que senti, o que pensei, foi muito rápido, me passaram muitas coisas pela cabeça, como um flash. Mas muito interessante. Quisera eu poder "encontrar" com Goya, Júlio César ou um camponês medieval. Dava vontade de sacudi-lo e dizer: "Acorda aê, me conta mais!".